domingo, 3 de dezembro de 2017

Vida de São Damião de Molokai

Nascimento e infância: São Damião de Molokai nasceu em 3 de janeiro de 1840, em Tremelo, Bélgica, sendo batizado com o nome de Josef de Veuster, de pais muito católicos com o total de 8 filhos. Rezavam todos os dias, iam à Missa em todos os domingos e guardavam os dias santos. Eles moravam na zona rural da cidade e Josef e alguns dos irmãos ainda crianças já pensavam em vocação religiosa. Os pais eram contra e eles dizia: “Deixem-me entrar num convento ou Deus os castigará.” 
Entrada na Congregação: Aos 18 anos, Josef entrou para a Congregação dos Sagrados Corações, em 1859 adotando o nome de Damião. Desejava ser um sacerdote missionário, inspirado por São Francisco Xavier e rezava diariamente diante da imagem desde Santo no convento. Professou os votos usando a imposição de um tecido mortuário colocado por quatro religiosos com quatro velas, simbolizando a morte do religioso para a vida mundana e o nascimento para a vida missionária. Os superiores viram que Damião tinha inteligência para ser sacerdote e lhe permitiram fazer todos os estudos necessários. Ele se aprimorou também em outros idiomas e aguardava a ordenação. 
Ida para o Havaí: Em 1864, aos 24 anos, seu irmão adoeceu e não pôde ir como missionário para o arquipélago do Havaí que precisava muito de missionários. O superior deixou que Damião fosse no lugar do irmão. Ele ficou muito feliz e ao se despedir de sua mãe antes da viagem, como se pressentisse que nunca mais voltaria a vê-la, disse: “Adeus, mamãe, até o Céu.” Eram muito desconfortáveis e perigosas as viagens de barco até o Havaí, mas Damião não reclamava de nada. 
Missionário no Havaí: Chegaram ao arquipélago do Havaí em 19 de março de 1864 e no dia 21 de maio, o frei Damião foi ordenado sacerdote na igreja Nossa Senhora da Paz. Ele conta: “Como eu tremia ao subir pela primeira vez ao Altar! Como estava emocionado meu coração ao dizer pela primeira vez ao Verbo que descesse às minhas mãos! Que afetos então sobrenaturais e diferentes para mim ali se formavam ao distribuir, em minha primeira Missa, o Pão da Vida a 150 ou 200 pessoas, das quais muitas provavelmente se haviam inclinado freqüentemente ante seus antigos ídolos e que agora, totalmente vestidas de branco, se aproximavam com tanta modéstia e respeito à Santa Mesa.” O padre Damião começou sua missão percorrendo todo o Havaí, pregando o Evangelho, ajudando o povo, construindo capelas. Enfrentou muitas dificuldades e o sacrifício das grandes distâncias do país. Ele escreveu: "Eu amo meus pobres canaques por causa de sua simplicidade e faço tudo o que posso por eles.”  
Ida para a ilha de Molokai: Em uma reunião em 1873, o bispo do Havaí pediu a alguns padres para se oferecerem como voluntários na ilha de Molokai, onde os leprosos viviam. Seriam voluntários em revezamento, ficariam uns tempos, depois sairiam de lá. Padre Damião tinha 33 anos na ocasião e se ofereceu para ser um dos voluntários. Na ilha só habitavam leprosos, mandados para lá viverem isolados até a morte. As condições eram péssimas: falta de água, de alimentos, de energia elétrica, de esgoto e outras coisas. As moradias eram precárias e velhas. A maioria nem tinha um colchão para dormir. O governo não enviava a ajuda necessária e os leprosos sofriam esquecidos com sua doença. Morriam cheios de feridas, dores e seu próprio mau cheiro. A ilha era um lugar tão terrível que aqueles que a conheceram chamaram de “cemitério vivo”, “colônia da morte” e “inferno de vivos.” Todos deixavam que alguém resolvesse o problema daquele lugar. Nenhum missionário nem sacerdote queria ficar ali sempre. Padre Damião seria aquele que iria e não mais voltaria de lá. Ao chegar na ilha, um dos leprosos lhe disse: "Tenha em mente, padre, que você poderá pegar minha doença." Mas ele respondeu: "Meu filho, se a doença tirar meu corpo, Deus me dará outro." Ao desembarcar, ele rezou: “Jesus, tu terminaste tua vida aos 33 anos. Eu começo a minha aos 33 anos. Ajudai-me. Peço tua proteção.” A igreja estava abandonada e empoeirada. Ele limpou toda a poeira e o Altar para celebrar a primeira Missa. Alguns poucos moradores entraram para a primeira celebração. Após celebrar a Missa, um garoto lhe pediu: “Posso ser seu coroinha? Eu era antes de pegar lepra. Prometo que tocar em nada, nem no cálice.” Padre Damião disse: “Seria uma ajuda maravilhosa. Pode vir amanhã. Vamos fazer um contrato formal.” E dizendo isso, estendeu sua mão e pegou na mão do menino. O menino hesitou em pegar na mão do padre, pois não pegava na mão de ninguém havia muito tempo. Tocou na mão do padre, que apertou bem a sua com as duas mãos, causando ao garoto, um lindo sorriso de quem recebeu amor. Padre Damião escreveu: “Sou o missionário mais feliz do mundo. Minha maior felicidade é servir o Senhor em seus filhos doentes, rejeitados pelos outros homens. Estou tentando levá-los todos a caminho do Céu. A única felicidade da vida é fazer bem aos outros." E também: “Entrego-me à Divina Providência e encontrei o meu único consolo no meu companheiro que não me deixa, isto é, nosso Divino Salvador na Sagrada Eucaristia. É ao pé do Altar que muitas vezes confesso e busco alívio das dores interiores. É diante da imagem da nossa Santa Mãe, que às vezes murmuro, pedindo a preservação da saúde.” 
Carinho com os leprosos: Os leprosos não tinham muito o que fazer e viviam em grande lamentação e se entregavam aos vícios, agressividade uns com os outros e muitas orgias. Uma mulher disse que sua filha estava sendo abusada por outros homens, coisa que acontecia sempre com muitos leprosos. Padre Damião entrou lá e chamou as moças dali. As pessoas lhe disseram: “Deixe-nos viver em paz. Ninguém se importa conosco.” Padre Damião disse: “Mas eu me importo. E Deus também se importa. E isso não é modo de se viver.” Um dos leprosos o beijou no rosto. Padre Damião o abraçou com carinho e disse: “Eu posso sentir o seu sofrimento no meu coração. Deus existe. Eu sei disso. E se você acredita Nele, pode senti-lo.” No outro dia, havia mais pessoas presentes na Missa. Ele disse: “Meus amigos leprosos, estamos aqui na presença de Deus em busca de conforto, para sermos lembrados do seu amor por nós, para reviver nesta Missa o sacrifício de seu Filho por nós na Cruz e para estarmos todos um dia reunidos no Paraíso. Eu não tenho a doença que os mandou a Molokai. Mas quero lembrar que todos sentem solidão. Todos conhecem o isolamento e a solidão. Todos são acometidos em seus corpos ou em seus corações por feridas que os tornam marginalizados. Marginalizados para todos, menos para Ele. Cristo, que em sua passagem pela Terra curou os cegos. Ele curou os leprosos. Não para mostrar que aqueles homens deixariam de serem cegos e leprosos, mas para mostrar que perante os olhos Dele, os cegos podiam ver. E a lepra pode ser curada. Ele amou, assim como ama toda a Humanidade. Tanto na Cruz onde morreu e como hoje Ele participa de nossas agonias. E seguindo sua luz, Ele nos mostrará o caminho da paz.” Um homem foi se confessar com o padre. Ele lhe disse: “Estou cego. Tenho pecados demais para lembrar de tudo.” O padre lhe disse: “O sofrimento de Cristo na Cruz foi para tirar o fardo do seu pecado. Há muitas pessoas neste mundo que têm olhos, mas não enxergam. Talvez você encontre seu caminho na escuridão.” 
Melhorias para a ilha: O bispo tinha muito carinho pelo Padre Damião e disse que ele poderia sair da ilha para revezar com outros sacerdotes, mas ele não quis sair de maneira nenhuma. Padre Damião pediu para serem enviados muitos materiais de construção para a ilha dizendo: “Não vou dormir sob um teto seguro sem que todos os moradores da ilha também durmam assim.” A notícia deste padre que estava arriscando pegar lepra para ajudar os leprosos se espalhou pela imprensa do mundo inteiro. Um dos jornais da época publicou: “O herói-cristão: jovem sacerdote sacrificou sua vida pelos habitantes de Molokai.” Padre Damião disse: “Este lugar precisa de um padre residente. Muitos barcos chegam cheios de doentes. Muitos deles são agonizantes. Eu quero ficar.” O bispo, então, dá permissão de Padre Damião ficar até nova ordem, mas o lembra de nunca tocar nas pessoas. Um padre o considerou como orgulhoso, insano e arrogante. Padre Damião não ficava calado diante das necessidades e horrores da ilha. Ele escreveu uma carta para o governo dizendo que os suprimentos alimentares e outros enviados para a ilha estavam muito abaixo do necessário. As autoridades não gostaram disso. Ele saiu da ilha por uns dias dizendo que não deram atenção para sua carta nem atenderam seus pedidos. O primeiro ministro lhe disse que não precisaria voltar mais para a ilha. Ele disse: “Eles precisam de mim lá. Preciso sair para me confessar com algum outro sacerdote quando tiver necessidade.” 
O leproso protestante: Alguns habitantes da ilha eram protestantes. Um deles estava muito mal. Padre Damião lhe ofereceu a Confissão e Unção dos Enfermos dizendo: “Você não deve morrer antes de se converter.” O protestante lhe perguntou: “Você acredita que somente os católicos vão para o Céu?” O padre respondeu: “Não tenho certeza absoluta. Mas eu sei que os católicos podem ir para o Céu.” O protestante disse que não deveria ficar tocando em leprosos nem comendo com eles. O padre disse: “Eu tenho medo. Mas deixo minha saúde nas mãos de Deus e da Virgem Maria. Eles me protegerão enquanto precisarem de mim aqui.” O leproso o perguntou por que se tornou missionário. Ele respondeu: “Foi minha irmã. Eu era o caçula e ela cuidou de mim até que eu pudesse me virar sozinho. Eu a amava muito. Ela se tornou freira e morreu enquanto cuidava de doentes durante uma epidemia de tifo.” O leproso protestante lhe disse: “Que a Virgem Maria te livre de pegar lepra. Quero morrer aqui na beira da praia. Aqui vejo o mar e o mundo, os familiares e amigos que perdi e se esqueceram que ainda estou vivo.” Aquele leproso protestante começou a morrer e não queria se confessar nem receber a Unção dos Enfermos. Padre Damião lhe disse: “Às vezes eu rezo. Às vezes eu suplico. Às vezes eu reclamo com raiva do risco de me encontrar com Deus sem ter todos os meus pecados perdoados. Você deve se dar conta do perigo. Agora quero que peça a absolvição.” O leproso lhe perguntou: “Você não quer que o meu último gesto em vida seja falso?” Padre respondeu: “Não. Eu quero a verdade. Eu imploro. Permita que eu lhe dê a Unção dos Enfermos.” O agonizante disse: “Você é teimoso, Damião. Foi eu que recusei. Vou falar bem de você do outro lado.” O homem faleceu nos braços do padre. 
Cuidados com os leprosos: Em outro dia, o padre aconselhou: “É preciso curar o espírito se quiser curar o corpo.” Um médico lhe perguntou na ilha: “Você acha que o espírito pode curar a lepra?” O padre respondeu: “Cristo curou os leprosos.” O médico lhe perguntou: “E eu ou você, poderemos curar?” O padre disse: “Não sem um milagre. Deus pode te proteger nesta ilha se Ele quiser.” Um médico levou à ilha um medicamento que fazia bom efeito na lepra em outros países. Um dos meninos não queria tomar. Padre Damião, então, tomou também o remédio e disse que era muito gostoso. O garoto, então, resolveu tomar. Alguns leprosos cheiravam tão mal que era necessário o padre e os médicos fumarem caximbo para conseguir se aproximar. Havia uma cabana reservada para os leprosos agonizantes. Padre Damião sempre os visitava, levava comida que não podiam mais buscar e rezava o Terço ali. Ao chegar junto a um agonizante, disse: “Deus amado. O teu amor é eterno. Não renegue a obra de tuas mãos, mas receba esta criança no Paraíso.” A menina faleceu e o padre a enterrou com um digno funeral. A ilha não tinha conforto nem atrativo algum e padre Damião não saia mais de lá. O sofrimento era ouvido por toda a parte, choros e lamentações, mas ele queria sempre ficar. Não conseguia abandonar seus leprosos. Quando algum leproso morria, ele mesmo arrumava madeira e fazia um caixão, dando a todos um digno enterro e velório com orações. Um dia lhe perguntaram: “Padre, você pretende ficar aqui nesta ilha até morrer?” Ele respondeu: “Sim, todas as pessoas aqui ficam.” O arcebispo resolveu pedir a outros padres para irem para a ilha atenderem o padre Damião em Confissão. Todos se recusaram e deram várias desculpas. O bispo resolveu ir. Mas ao chegar na praia, impediram-no de descer. O padre Damião foi até eles de barco e perguntou ao bispo se podia fazer sua Confissão em francês, língua que os outros não entendiam. O bispo autorizou e o Padre Damião confessou seus pecados na frente de todos. Depois disse: “Às vezes, sinto vontade de nunca ter vindo para esta ilha. Sinto distrações nas orações. Mas depois mudo de idéia e prefiro ficar.” 
Repercussão internacional: Os jornais e pessoas do mundo inteiro publicaram sobre a heróica caridade do padre na ilha. Graças à permanência constante do padre Damião na ilha, a princesa do Havaí, Lydia Liliuokalani, resolveu ir até lá e ver como tudo estava. Ela ficou tão comovida e não conseguiu fazer seu discurso, chorando ao falar com a multidão de leprosos que tinha diante dela. Ela viu a pobreza e falta de camas. Vários leprosos dormiam no chão. A princesa pediu que fossem enviadas camas, remédios e mais comida para eles. Padre Damião fez com que mais casas fossem construídas e também organizou um coral para a igreja feito pelos leprosos que queriam cantar. Com a ajuda vinda de benfeitores do mundo inteiro, muitas melhorias e construções foram feitas na ilha como melhores casas, água, alimentos, plantações, igrejas, escolas, de modo que não se tornou mais o lugar sofrido de antes.  
Contágio com a lepra: Padre Damião percebeu que surgiram algumas manchas em seu corpo. O diagnóstico da lepra era demorado e ficaram com dúvidas se tinha pegado lepra ou não. Mas depois, o médico constatou que ele pegou a lepra também. Ele aceitou com serenidade e não se revoltou. Ele disse: “Trato de levar minha cruz com alegria, como Nosso Senhor Jesus Cristo. Já não tenho dúvidas: sou leproso! Que o bom Deus seja bendito! Não tenha muita pena de mim, pois estou perfeitamente resignado com minha sorte.” Os anos foram se passando e Padre Damião continuava firme na ilha. Precisou usar óculos. Ele rezou diante do Crucifixo: “Senhor, agradeço pelos anos que tens me concedido.”  
Exemplo seguido por outros: Em um barco, um homem impiedoso teve problemas com as fortes ondas e começou a jogar os leprosos presentes na água como se fossem animais. Padre Damião foi até lá, entrou corajosamente no mar e salvou todos os que pôde de se afogarem com muito carinho e compaixão. Alguns leprosos morreram e o fato causou repercussão na imprensa. Algumas irmãs religiosas ficaram sabendo disso e resolveram ir morar na ilha para fazer um orfanato de crianças. Padre Damião disse: “Você não imagina o quanto eu rezei para isso acontecer.” Havia autoridades e padres que consideravam o padre Damião um exagerado e faziam da ilha de Molokai um lugar muito temido e digno de muita distância. Outros o apoiavam. Certa vez, um homem publicou falsamente a morte do padre Damião. Ele lhe disse: “Obrigado por publicar a minha morte. Escrevam na minha lápide: ‘Aqui jaz o padre que raramente se confessava.’” Ele escreveu uma carta dizendo que precisava de um sistema de água potável, forno e roupas. Sentia que seu fim se aproximava e queria ir a capital do país para se confessar. O bispo e sacerdotes não queriam recebê-lo e diziam que não poderiam tocar em nenhuma veste nem cálice tocado pelo padre Damião. Ele estava cada dia mais debilitado pela lepra e sofria muito. Em sua estadia na capital do país, ele recebeu banhos que ajudavam muito a lepra e disse: “Tenho que voltar depressa para a ilha. Os banhos me fizeram muito bem. Eu gostaria que todos os habitantes de Molokai experimentassem isso também.” Ele temia sua morte próxima e tentava fazer que outro padre fosse enviado para lá. Muitos não quiseram ir. Esta indiferença dos sacerdotes fazia Padre Damião sofrer muito. Um padre belga que há anos queria imitá-lo, finalmente conseguiu ir para a ilha, assim como um médico que quis morar lá e ajudá-lo. Eram seus imitadores, assim como religiosas que desejavam ir para lá um dia. Seu exemplo atraía outros. Mas por ter contraído a lepra, nos últimos anos, Padre Damião foi impedido de ter contato com as religiosas que foram para lá e de ir à capela. Ele disse às religiosas: “Meu maior desejo era que vocês viessem. Agora que vieram, que Deus as abençoe e guarde.” 
Dias sofridos com a lepra: Padre Damião ficou profundamente triste com os impedimentos por causa de sua doença por parte do bispo e disse: “Respondi com um ato de submissão absoluta em virtude de meu voto de obediência. Continuo estando em paz. Sempre resignado à santa vontade do bom Deus em nossos sofrimentos cada vez mais lancinantes, sejamos, mortos em Cristo e que nossas vidas estejam escondidas em Deus.” Ficou muito doente e fraco nos últimos dias. Em outubro de 1885: “Os micróbios da lepra se instalaram finalmente na minha perna esquerda e na orelha. Minhas pálpebras começam a cair. Logo minha figura ficará deteriorada, suponho. Estando certo de que a doença é real, permaneço tranqüilo e resignado, e até sou mais feliz entre as pessoas aqui. O bom Deus sabe o que é melhor para minha santificação, e nesta convicção digo todos os dias um bom: ‘seja feita a tua vontade’. Tenha a bondade de rezar por este seu amigo provado e recomendar-me, assim como aos meus desventurados leprosos, a todos os servidores de Deus.” Mesmo sofrendo muito, escreveu em 1866: “Se me fosse dada a oportunidade de sair daqui em boa saúde, diria sem titubear: prefiro ficar com meus leprosos.” Padre Damião aceitou a condecoração feita pela princesa do Havaí pelo seu trabalho entre os leprosos, mas também disse: “O Senhor me condecorou com sua cruz particular: a lepra.” 
Morte e veneração: Em 12 de fevereiro de 1889, escreveu uma última carta a seu irmão, o padre Pamphyle: "Estou sempre feliz e contente, embora muito doente, desejo apenas o cumprimento da santa vontade de Deus." Em 19 de março de 1889, Padre Damião fez 25 anos de padre, sempre atendendo os leprosos mesmo doente e leproso também. No dia 28 de março, ele precisou ficar de cama, esgotado, da qual não mais saiu até sua morte. Na hora de sua morte, disse aos presentes: “Minha casinha nova, agora tem um padre novo e algumas irmãs. Chegou a hora de eu descansar. Estou ansioso pela ressurreição no Céu. Vou rezar por todos vocês.” E faleceu serenamente no dia 15 de abril de 1889, com apenas 49 anos. Seu exemplo era comentado em todo o mundo e passou a ser divulgado ainda mais após sua morte. Ele foi eleito o maior belga de todos os tempos. São Damião de Molokai foi beatificado em 1995 e canonizado em 2009 pelo papa Bento XVI. É admirado por pessoas de várias religiões no mundo inteiro pelo seu grande heroísmo em favor dos leprosos, um pastor que deu sua vida pelas ovelhas.